terça-feira, 31 de março de 2009

Cuide bem do seu amor





A vida sem freio me leva, me arrasta, me cega

No momento em que eu queria ver

O segundo que antecede o beijo

A palavra que destrói o amor

Quando tudo ainda estava inteiro

No instante em que desmoronou

Palavras duras em voz de veludo

E tudo muda, adeus velho mundo

Há um segundo tudo estava em paz

Cuide bem do seu amor

Seja quem for,

Cuide bem do seu amor

Seja quem for...

E cada segundo, cada momento, cada instante

É quase eterno, passa devagar

Se o seu mundo for o mundo inteiro

Sua vida, seu amor, seu lar

Cuide tudo que for verdadeiro

Deixe tudo que não for passar

Palavras duras em voz de veludo

E tudo muda, adeus velho mundo

Há um segundo tudo estava em paz

Cuide bem do seu amor

Seja quem for,

Cuide bem do seu amor

Seja quem for...



Paralamas

Bolacha de água e sal

Gosto quando vou brincar na rua
Gosto quando encontro meu amigo
Gosto quando a mãe do meu amigo
Me oferece uma bolacha
De água e sal
Gosto de bolacha sem açucar
Gosto de bolacha sem recheio
Gosto de bolacha sem perfume
Gosto do que é normal
Uma bolacha de água e sal
É... uma coisa natural
É... barato e não faz mal
De qualquer marca
É tudo igual
Quando a gente está meio enjoado
Quando a gente está passando mal
Quando a gente fica aperreado
Bolacha de água e sal
Quando a minha avó era criança
Quando a vida era sempre igual
Lá na roça acordavam cedo
Pra comer bolacha de água e sal
Quando o meu avô era criança
Veio num navio de portugal
A viagem ficou na lembrança
Só comiam bolacha de água e sal
O meu gosto é radical
Gosto porque é fundamental
Farinha, fermento, água e sal
Simplicidade, no trivial
Se um dia você for lá em casa
Pra brincar comigo no quintal
Vamos combinar um pic nic
Pra comer muita bolacha


De água e sal



Palavra cantada

segunda-feira, 30 de março de 2009

Ciclo

Eu não sei o que me domina
E mesmo assim não penso em me livrar
Num fascínio de alma gêmea
Você em mim constrói o seu lugar
O amor se fez me levando além onde ninguém mais
Criou raiz, ancorou de vez, fez de mim seu cais
Lendo a rota das estrelas
Nesse abraço se fez um ciclo
Que não tem fim e é todo o meu viver
É como alcançar o infinito
Reflete em mim e volta pra você
O amor se fez me levando além onde ninguém mais
Criou raiz, ancorou de vez, fez de mim seu cais
Lendo a rota das estrelas
O amor surgiu como um em mil, por você eu vim
E assim será a me conduzir, sem mandar em mim
Como o vento e o barco a vela, que nos leva sem fim


Jorge Vercilo

Louça fina

Boa, meiga, franca
Justiceira, tu me gustas
Chantilly num pedaço de bolo
Louça fina, mãos do meu amparo
Luz acesa
Pra que eu possa seguir...
Diz-me aí, sou todo ouvido:
Que só quer comigo
Ninguém mais, nada mais que o querer
Que o contrário não põe mesa
Inda traz tristeza... isso não se vai ver!
Tudo pra mim
É riqueza, é riqueza
Porque passo ao lado teu
E todo amor
Tem um sonho, tem um sonho:
Propagar-se por terras antes perdidas,
Dando vida a um viver
...
Cores se acabando de alegria
Onde nasça flor
Em qualquer ramo pálido que já foi dor
É o que eu desejo
Pra nós dois
Todo mês
Tudo em paz
Toda vez
Minha amada
Se eu sei bem
Sei que mais
Não se tem, não se tem



Dijavan
"E de tudo fica um pouco.

Oh abre os vidros de loção
e abafa

o insuportável mau cheiro da memória !'

domingo, 29 de março de 2009

Março...

Talvez tenha sido o pior mês dos quatro. O único não tão bom !


O mais vivo talvez.( segundo a sua teoria)


O mais regado, por isso, talvez o mais fértil.


Espero que não tenha sido só "mais um" , mas espero também que nenhum seja igual.














"Minha vida..!"





Obrigada, mais uma vez, por todos os momentos felizes e por ter tido força e coragem


para enfrentar os tristes.


Que abril seja um mês "novo", diferente, melhor.


Que a maré de problemas e tristezas se tranquilize.


Eu te amo muito e acredito que tudo isso vai passar, acho até que ja está passando.


Que eu consiga te ajudar de alguma forma com seus problemas existenciais, mesmo os que não


tem nada a ver comigo, com a gente.


Que essa sua cabecinha de pitu melhore um pouquinho.. e que tudo se resolva...


Te amo mesmo coisa chata.... implicante...


Meu Deus...


Vc é muito importante pra mim, véééééi.... muito!


Um super beijo minha vida!

O monsto




O monstro da minha vida é porque é, não quer ser. ENTENDA. Ele apenas é.
É!
Pronto!
É!
Já disse!
Acabou!
O monstro da minha vida é também injusto, incapaz, infeliz, indigno do meu amor, desprezível, horrível, insuportável, complexo, contrário....
Ele é um grante arquiteto de problemas, os vê em toda parte, os junta, os cria.
Mora em uma linda cidade de problemas. Imensos prédios de problemas. Sua casa(de problemas)não tem portas, só paredes, não tem saída, é uma prisão.Mas o monstro desenhou assim, e na sua cidade, embora tenha padarias de problemas, mercadinhos de problemas, esqueceu de criar uma papelaria dos problemas, então o monstro não tem borracha, ele não pode sair. Ele está porque está. ENTENDA.
O monstro da minha vida as vezes se faz cego, nasceu mudo. A sua "falta de vida" o fez assim, não arrisca, não escolhe, não toma uma posição. Apenas espera, engole, sufoca... explode.
ele é calmo e um super-herói. Luta contra a injustiça do mundo. De que mundo?
A sua pequena cidade de problemas não conta, justiça pra um monstro não precisa existir.
Se alguém tem que sofrer, que seja ele. Se tiver que chorar, tem que ser ele. Morrer? Já sabe...
Vamos todos jogar pedra no montro, vamos condená-lo!
Vamos, vamos! Joguem o monstro na fogueira!
O mostro da minha vida não nasceu para o amor, não gosta de ser amado ( não merece).
Então agora somos dois na fogueira!
Ele é um tanto complicado!
Ouvir o amor cantado por quem diz que ama não o faz bem. O que faz afinal ?
E pensar que ja fui o anjo do monstro da minha vida e agora não sei mais o que sou. Quem sou ?
Essas palavras não são minhas, ele sabe disso.
Não condeno o monstro. Nunca o fiz, eu acho.
O que vejo em tudo isso ? Imaturidade, apenas. Falta de "vida" pra saber lidar com tudo isso.
O que vou fazer? Ter paciência, esperar... A vida não é "toda vida" a mesma coisa... Acredito...
E os esgotos. Ah, eles podem dar quilometros de voltas mas um dia chegam lá.. Ele sabe onde !
O monstro da minha vida é tudo que eu mais amo, quero bem... quero !
E quem sabe um dia não roubo, na minha papelaria de esperança, uma borracha e ebrulho como o presente mais precioso pra te dar.
Usa-lo seria a minha maior fleicidade.
Libertá-lo !

ENTENDA

sexta-feira, 27 de março de 2009

Continua sendo pra você: "Minha vida!.."


Sempre...


Eu te amo !
I'll do my crying in the rain...


...You won't know the rain from the tears in my eyes

Carrego comigo

Carrego comigo
há dezenas de anos
há centenas de anos
o pequeno embrulho.

Serão duas cartas?
será uma flor?
será um retrato?
um lenço talvez?

Já não me recordo
onde o encontrei.
Se foi um presente
ou se foi furtado.

Se os anjos desceram
trazendo-o nas mãos,
se boiava no rio,
se pairava no ar.

Não ouso entreabri-lo.
Que coisa contém,
ou se algo contém,
nunca saberei.

Como poderia
tratar esse gesto?
O embrulho é tão frio
e também tão quente.

Ele arde nas mãos,
é doce ao meu tato.
Pronto me fascina
e me deixa triste.

Guardar um segredo
em si e consigo,
não querer sabê-lo
ou querer demais.

Guardar um segredo
de seus próprios olhos,
por baixo do sono,
atrás da lembrança.

A boca experiente
saúda os amigos.
Mão aperta mão,
peito se dilata.

Vem do mar o apelo,
vêm das coisas gritos.
O mundo te chama:
Carlos! Não respondes?



Quero responder.
A rua infinita
vai além do mar.
Quero caminhar.

Mas o embrulho pesa.
Vem a tentação
de jogá-lo ao fundo
da primeira vala.

Ou talvez queimá-lo:
cinzas se dispersam
e não fica sombra
sequer, nem remorso.

Ai, fardo sutil
que antes me carregas
do que és carregado,
para onde me levas?

Por que não me dizes
a palavra dura
oculta em teu seio,
carga intolerável?

Seguir-te submisso
por tanto caminho
sem saber de ti
senão que te sigo.

Se agora te abrisses
e te revelasses
mesmo em forma de erro,
que alívio seria!

Mas ficas fechado.
Carrego-te à noite
se vou para o baile.
De manhã te levo

para a escura fábrica
de negro subúrbio.
És, de fato, amigo
secreto e evidente.

Perder-te seria
perder-me a mim próprio.
Sou um homem livre
mas levo uma coisa.

Não sei o que seja.
Eu não a escolhi.
Jamais a fitei.
Mas levo uma coisa.

Não estou vazio,
não estou sozinho,
pois anda comigo
algo indescritível